Bem, eu vivo de software livre e é necessário sempre está se atualizado. A forma que escolhi para acompanhar as novidades é através de blogs pessoais e comunitários (alguns acompanho há anos). São eles:
Referências de sites – video e broadcast em open source
Tenho documentado aqui, entre outras coisas, a minha pesquisa sobre software livres e open source para transmissão de vídeo na web. Isso porque pretendo em 2016 voltar a fazer transmissão de palestras e estou me atualizando.
Quero compartilhar aqui alguns endereços web que documentam experiências de utilizam de open source em TV, filmes, desenvolvimentos, aplicações, etc.
- Open Source Video – FLOSS editing, archiving, sharing
- Broadcast Blog – Technology & Innovation Insights
- planet xiph
- V ideo Online
- Estúdio Livre
- Programas utilizados no filme Floresta Vermelha
- Documentação da TV AT5, de Amsterdam, sobre ferramentas opensource para Broadcast
Filmadoras Open Source
Muito bacana como a ideia e valores do software livre e open source se reproduzem em vários setores da sociedade, como se não bastasse somente o software ser free/open.
Na área do audiovisual a ideia estendeu para as câmeras digitais e também filmadoras.
Há três projetos bem conhecidos para filmadoras:
A Elphel tem uns casos de sucessos bem bacanas como a utilização pelo Google Street View e no filme Floresta Vermelha (outras duas matérias interessantes sobre ambos projetos são Curiosidades Sobre o Google Street View e Cinema de alta qualidade. Com alta liberdade)
e além desse vídeo tem documentação bacana o projeto Elphel Camera.
Codec livre para vídeo e as empresas gigantes de entretenimento
Em 2009 o navegador web Mozilla Firefox deu um boom! e segundo alguns sites ele assumiu o primeiro lugar de navegadores utilizados no mundo. Ali já apresentava uma dúvida de qual seria o formato padrão de vídeo. O mais contado era o OGV.
No mesmo ano a Mozilla financiou em 30 mil dólares a iniciativa Open Video Alliance, uma iniciativa de divulgação de ferramentas e formatos livres e abertos pelo mundo e que também teve várias ações pelo Brasil através da Aliança do Video Livre.
Em 2010 a Wikipedia também iniciou uma campanha de utilização de formatos livres para vídeo em sua plataforma.
No final do ano passado as empresas Amazon, Cisco, Google, Intel Corporation, Microsoft, Mozilla e Netflix se uniram para desenvolver futuros formatos, codecs e formatos de mídias com grande qualidade e sem royalties, nasce então a Alliance for Open Media.
Há vários formatos de vídeos ganhando destaques hoje, como o HEVC, Daala, Thor e VP10. O novo codec será algum deles ou misto deles?
Um formato livre e sem royalties é bom tanto para as empresas de conteúdos como as de hardware e hospedagens, oferecendo melhor desempenhos e redução de custos.
Bem, para unir tantas empresas assim é sinal que logo logo teremos novidades aê e o bacana que já há acordo enquanto a licença: Apache 2.0 License.
Filmadora Sony HDR-CX290
Tenho uma filmadora Sony HDR-CX290 ela é bem simples, com uma boa qualidade na captação da imagem e som.
Fiz um teste simples no Open Broadcaster Software e precisei antes alterar o padrão de resolução HDMI de interlação para progressivo, pois quando gira a câmera ou alguém se movimento a imagem fica toda tremida. Resolvi indo no menu da câmera Configuração > Resolução HDMI > e escolhi 1080p/480p, mas pode ser 720p/480p… o que importar é não ser 1080i/480i.
Um vídeo simples e rápido explicando a diferença entre interlação e progressivo
Globo.com e opensource
Quando fui instalar algum programa no Fedora e vi que um repositório oficial no Brasil era na Globo.com, confesso, achei estranho. Basta entrar em http://mirror.globo.com para vê. Mirror oficial de pacotes e isos de Fedora, CentOS e Ubuntu. Já era um sinal que não só sabia da existência de free e open source como utilizava.
Uns dias atrás publiquei um artigo com algumas documentações e palestras da Globo.com utilizando open source em sua infraestrutura de streaming da Fifa 2014. Aí já era outro passo, não só usava como provavam em encontros oficial de comunidades, no caso da Nginx, sua utilização e caso de sucesso.
No próprio post citado dou o exemplo de solução desenvolvida pela Globo.com onde ela abre o código de uma das soluções, no caso, o Clapper, um tocador html5 para vídeos.
Não o bastante achei o site https://opensource.globo.com/ onde tem o endereço de cerca de 200 projetos opensource onde mais de 90 desenvolvedores commitam seus códigos.
Há duas semanas atrás conheci o Let’s Encrypt que tem como objetivo ser uma certificadora SSL para a maior quantidade possível de sites e assim possibilitar uma internet mais segura. Descobri assim, no mesmo período que saiu a versão beta da solução, super moderna em relação há várias soluções comerciais e já presente em boa parte dos navegadores. E não é que o site de projetos opensource usa essa certificadora?!! Como a comunidade de desenvolvedores envolvidos nos projetos da Globo.com a mantêm atualizadas em projetos globais de opensource e governança da internet.
Placa de Captura HDMI/DVI para USB 3.0 em Linux
Não está legal captura o vídeo a partir de um sinal analógica, com a placa Pixelview Xcapture, e a solução era captura via HDMI. O lance que os notebook tem somente saída HDMI e seria necessário comprar uma placa de captura. Lá vai eu novamente fui gastar dinheiro no escuro e entre erros e acertos enfim achei uma placa boa para o que eu queria: INOGENI HDMI/DVI-D to USB 3.0
Funcionou tranquilo no meu computador. Lembrando que o maior desafio é que devia funcionar em Linux, pois para Windows há várias opções. A resolução maior que ela suporta é de 1920×1200 e precisa de um computador com suporte USB 3.0. Um amigo trouxe dos EUA para mim e ficou em torno de 1.200,00 reais e tempos depois procurando alguma empresa que importasse ela para mim e ficaria 2.400,00 reais.
Cheguei a comprar duas placas e não funcionaram, a primeira foi a Blackmagic Intensity Shuttle e embora diga que funciona em Linux não percebi antes da compra, nas especificações da placa, que era necessário ter uma placa mãe de série x58 ou p55. Acabei vendendo a placa sem usar. Depois comprei uma Diamond Usb 2.0 Gc1000 Hd e não rolou também.
Outras placas que achei foram
- VC100DUSB-HDMI, £ 225.00
- XI100DUSB-HDMI, USD$ 299.00
- DVI2USB 3.0 Epiphan, USD$ 749.95
- OPR-XI100D USB3.0 1080P 60FPS HDMI Capture Dongle, USD $325,00
Além dessas, uma que eu realmente compraria hoje é a NeTV Starter Pack, da Adafruit, que está saindo por $USD 150.00.
Placa de captura USB – RCA/Super Video
Quando comecei a fazer streaming usava muito conexão FireWire, mas infelizmente essa tecnologia morreu, morreu assim, os notebooks não vem com ele instalado e algumas filmadores mudaram para HDMI.
Então tive que mudar a solução e passei a usar uma placa de captura pegando os dados via RCA e entrando no computador via USB 2.0. Comprei várias placas, perdi uma grana, mas enfim achei uma boa solução: Pixelview Xcapture. Em alguns distribuições Linux ela funcionou tranquila, mas é necessário configurar os programas para funcionar em NTSC, pois o padrão é PAL.
Achei um review bacana da placa
Webcam para streaming em Linux
Nas experiências que tive com streaming investir na qualidade do áudio sempre é um bom caminho, pois normalmente olhamos a imagem para ter a referência visual de quem está falando e na maior parte do tempo é ouvindo mesmo. Isso para transmissões de palestras ou algo do gênero. De qualquer forma é sempre bom ter uma imagem boa.
Já usei em várias ocasiões uma webcam para transmissão de eventos e das marcas/modelos que mais gostei foi a Webcam HD Logitech C270. Ela suporta a resolução de 1280 x 720 pixels, 3,0 mexapixels e um excelente microfone embutido (com redução de ruídos). Comprei ela há uns dois anos atrás e com certeza tem melhores hoje no mercado, mas essa resolve meus problemas para captura imagens que não precisam de zoom, como do público de uma palestra ou do palco/mesa em plano aberto, por exemplo. Seu valor gira em torno de R$ 100,00.
Ela funciona automaticamente em sistema Linux usando driver do projeto UVC.
O desempenho da GPU
GPU são núcleos de processamentos acoplados as placas de vídeos. Ele surge pela demanda cada vez maior de processamento e desempenho para jogos, renderização de vídeos e imagens 3D. Grande parte dos aplicativos para smartphones fazem uso de GPU também, assim como mineração em bitcoin ou hackeamento de senhas.
Abaixo um vídeo da Nvidia mostrando a diferença no tempo e qualidade de renderização de CPU e GPU